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Bolsas de NY fecham em baixa, com conflito na Ucrânia e sinais do Fed no radar

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Estadão Conteúdos

Os mercados acionários de Nova York tiveram pregão negativo nesta quarta, 23, com investidores atentos aos riscos geopolíticos e também à postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Os potenciais impactos do confronto na Ucrânia se somaram à expectativa por mais aperto na política monetária dos Estados Unidos, o que reduziu o apetite pela ações em geral.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,29%, em 34.358,50 pontos, o S&P 500 caiu 1,23%, a 4.456,24 pontos, e o Nasdaq recuou 1,32%, a 13.922,60 pontos.

O setor de energia destoou do mau humor predominante, em dia de fortes ganhos do petróleo, com ExxonMobil em alta de 1,58%, ConocoPhillips avançou 2,55% e Chesapeake Energy, de 4,41%. Apple também teve dia positivo, com avanço de 0,82% diante da demanda forte pelo iPhone 13.

Entre os papéis em baixa, os bancos estiveram sob pressão, em dia de recuo dos juros dos Treasuries. Goldman Sachs caiu 2,16%, Citigroup recuou 2,00% e Wells Fargo, 4,25%. Entre ações importantes, Boeing caiu 2,62%, Microsoft teve queda de 1,50%, Alphabet de 1,14% e Amazon, de 0,90%.

Os temores com os ataques russos na Ucrânia e as sanções subsequentes seguiam no radar. O presidente americano, Joe Biden, viaja hoje à Europa e terá como pauta principal o conflito e a resposta a ele. Hoje, o governo americano acusou a Rússia de crimes de guerra.

Além disso, entre os dirigentes do BC americano houve mais sinais de que será necessário apertar a política monetária, o que tende a pressionar ações. O presidente da distrital de St. Louis do Fed, James Bullard, voltou a defender um aperto mais decidido, diante do quadro inflacionário, enquanto Mary Daly (São Francisco), embora mais moderada, tenha comentado que pode defender uma alta de 50 pontos-base nos juros em uma reunião adiante.