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Bolsas de NY fecham em baixa, com Fed e combate à inflação no radar

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Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta segunda-feira, 10, em uma sessão na qual as perspectivas para o aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) segue pesando para os ativos de risco. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano de setembro será publicado na quinta-feira, gerando grande expectativa sobre os próximos passos no combate à inflação. A semana conta ainda com o começo da divulgação dos balanços das principais empresas dos Estados Unidos, partindo dos grandes bancos.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,32%, em 29.202,88 pontos, o S&P 500 recuou 0,75%, a 3.612,39 pontos, e o Nasdaq caiu 1,04%, a 10.542,10 pontos.

Para o Goldman Sachs, os bancos centrais estão aumentando juros para combater a inflação, gerando preocupações de que o aperto sincronizado, mas descoordenado, das políticas poderia aumentar desnecessariamente o risco de uma recessão severa.

“O aperto do Fed terá grandes repercussões no exterior, mas o crescimento externo mais lento e a valorização do dólar também imporão grandes entraves ao crescimento e à inflação nos EUA”, avalia o banco. Sua projeção é de que o Fed suba as taxas em 75 pontos base em novembro, 50pb em dezembro e 25pb em fevereiro para atingir uma previsão terminal de 4,5-4,75%.

Nesta segunda-feira, a vice-presidente do Fed, Lael Brainard, afirmou que a política monetária será restritiva para garantir que a inflação volte à meta de 2%. Segundo ela, aumentos de juros até o final deste ano e em 2023 são esperados. O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, foi em caminho semelhante, e ressaltou a necessidade de manter os juros nos EUA em patamar “suficientemente restritivo” por algum tempo.

Na temporada de balanços, o UBS projeta que os rebaixamentos dos panoramas para as empresas provavelmente serão ainda maiores do que durante o segundo trimestre, devido à desaceleração da atividade econômica e condições financeiras mais apertadas, incluindo alta do dólar e dos juros. Margens de lucros das empresas são a maior preocupação dos investidores com as expectativas de ganhos em 2023 em desacordo com o crescimento das vendas, afirma o banco suíço.

Entre setores, petroleiras voltaram a acompanhar o barril e recuaram após os fortes ganhos da última semana. Chevron (-1,81%) e ExxonMobil (-2,05%) tiveram perdas. Ações de produtoras de chips também caíram, enquanto a disputa entre EUA e China na área avança. Intel (-2,02%) e Nvidia (-3,36%) recuaram. Já a produtora de veículos elétricos Rivian tombou 7,28% em meio a um recall de seus carros.