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Bolsas de NY fecham em baixa, com temores por recessão e de olho no Fed

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Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta segunda-feira, 31, em uma sessão com preocupações sobre os riscos de recessão global e observando a continuidade do aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Indicadores voltaram a sinalizar uma desaceleração na economia global, enquanto as perspectivas para uma alta de juros de 75 pontos base na próxima decisão de política monetária do Fed, na próxima quarta-feira, se consolidaram.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,39%, em 32.732,95 pontos, o S&P 500 recuou 0,75%, a 3.871,98 pontos, e o Nasdaq caiu 1,03%, a 10.988,15 pontos.

Em um dia de poucos drivers para os mercados nos EUA, o clima foi de espera pela decisão do Fed e pelo relatório de empregos mais tarde nessa semana. Monitoramento do CME Group mostra aumento das chances de que o Fed volte a optar por subir os juros em 75 pb, de 82,2% a 88,7%, na comparação com o dia anterior de negociações. O restante do porcentual se concentra em elevação de 50 pb.

Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, Wall Street se prepara para quaisquer sinais do Fed de que estão perto do fim de seu ciclo de aperto. “Todas as principais leituras globais de indústria mostram que a desaceleração econômica está ficando mais feia. O apetite por risco lutou hoje, pois os dados da China foram negativos e a inflação europeia em alta basicamente garante uma recessão”, avalia. A suspensão do acordo de grãos pela Rússia também levanta temores de que a guerra na Ucrânia possa levar a mais interrupções nos embarques de trigo, lembra Moya.

Entre setores, empresas de energia sofreram pressão, em dia marcado pela notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende aplicar novos impostos às companhias de petróleo no país. Já o Twitter avançou 1,86%, em meio a uma série de possíveis novidades sobre a empresa, recém adquirida pelo CEO da Tesla, Elon Musk, e que incluem eventuais cobranças na plataforma.