Notícias

Notícias

Bolsas de NY fecham sem sinal único, de olho em postura do Fed

Por
Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira, 4, em mais uma sessão na qual investidores seguem avaliando os impactos de uma potencial alta de juros pelo Federal Reserve (Fed) e a retirada de estímulos nos Estados Unidos. Com maiores perspectivas de elevação de taxas já em março pela autoridade monetária, ações de bancos tiveram importantes ganhos, enquanto empresas de tecnologia foram penalizadas. O tema se sobrepôs a variante Ômicron do coronavírus, ainda que o avanço no número de casos e as perspectivas sobre a gravidade da cepa sigam sendo observadas.

O Dow Jones fechou o pregão em alta de 0,59%, aos 36799,65 pontos, renovando mais uma vez a máxima histórica de fechamento. O S&P 500 caiu 0,06%, aos 4793,54 pontos, após renovar o recorde intraday durante o pregão, e o Nasdaq recuou 1,33%, aos 15622,72 pontos.

“A maioria dos principais mercados de ações está agora aproximadamente de volta, ou um pouco à frente, de onde estavam quando a notícia da variante Ômicron apareceu pela primeira vez no final de novembro”, aponta a Capital Economics. Desta forma, as atenções se voltam para o aperto do Fed, e segundo levantamento do CME Group, mais de 60% das apostas de investidores apontam uma alta dos juros básicos nos EUA já em março. Para o Bank of America, no momento, as ações correm mais risco de uma correção do que ganhos estendidos em meio a uma pausa na queda do custo de capital. Olhando para 2021, o banco aponta que energia (+48%) e imobiliário (+42%) foram os setores com melhor desempenho no S&P 500.

Segundo a Capital Economics, a forte queda de hoje no Nasdaq, que segue o salto nos rendimentos dos Treasuries nos últimos dias, ilustra os potenciais ventos contrários para os mercados de ações. Com os juros aliados às valuations, a consultoria vê como improvável uma repetição dos ganhos extraordinários dos últimos dois anos nas ações. Entre as principais quedas, Apple (-1,27%), Amazon (-1,69%) e Microsoft (-1,71%).

Por outro lado, a perspectiva de juros mais altos impulsionou Goldman Sachs (+3,07%), JPMorgan (+3,79%), Wells Fargo (+3,98%) e outros dos principais bancos. Além deles, um dos destaques da sessão foi a ação da Ford, que subiu 11,67% após a montadora dobrar a meta de produção da versão elétrica da picape F-150, a 150 mil por ano.