No caso do processo de venda da Quantum, a Brookfield contratou o BTG Pactual e o Itaú BBA para conduzirem o processo – a venda não inclui toda a empresa, mas cerca de 30%. Na BRK Ambiental, ex-Odebrecht Ambiental, adquirida pela gestora em 2017, o processo de venda ainda não é formal, mas a gestora já interage com potenciais compradores interessados em infraestrutura. Fora isso, o fundo vem buscando compradores para as participações que detém em alguns shoppings centers, como Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, ambos em São Paulo.
As vendas, apurou o Estadão, têm relação com o mandato dos fundos da Brookfield. Ou seja: chegou o momento de vender os ativos mais antigos da carteira e retornar o capital aos investidores. A Arteris, por exemplo, é um investimento antigo, o que justifica sua negociação. O momento para a venda não é favorável, dado o ambiente global de incertezas e aversão a risco, situação agravada no Brasil com o ano eleitoral.
Em paralelo ao processo para uma venda privada, a BRK busca uma oferta inicial de ações (IPO, na siga em inglês). No prospecto, atualizado em maio na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Brookfield não consta como acionista vendedor. Porém, uma abertura de capital facilitaria a saída.
Entra e sai
A Brookfield segue compradora no Brasil. Em 2021, por exemplo, investiu cerca de R$ 10 bilhões no País, ao passo que as vendas de ativos somaram R$ 5,5 bilhões. Só no primeiro semestre deste ano já investiu R$ 10 bilhões (o que inclui a compra da Unidas e de 12 prédios da BR Properties) e vendeu R$ 3,6 bilhões.
Procurada, a Brookfield diz que sempre está “avaliando oportunidades de aquisições e de reciclagem de capital” e que não comenta especulações de mercado ou possíveis transações.