O entendimento é de que o BTG está sendo favorecido, pois o banco apresentou proposta no dia seguinte à divulgação das novas condições para a venda das debêntures pela Juíza Claudia Helena Batista, da 1.ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. A decisão elimina a hipótese de novo leilão, que chegou a ser marcado para segunda-feira, dia 12.
Além disso, o prazo para apresentação de propostas seria de três dias úteis, contados a partir das 18h de segunda-feira. A ideia era garantir a venda por pelo menos R$ 360 milhões.
Conforme documentos obtidos pela reportagem, o BTG apresentou proposta na terça-feira, que foi prontamente aceita pelo administrador judicial da MMX. A XP Asset e o Banco Modal manifestaram interesse em entrar no processo ontem.
No entanto, como a proposta do BTG já foi aceita pelo administrador, os demais proponentes teriam de apresentar oferta 1% superior aos R$ 360 milhões e mais 3% sobre a oferta para custeio da due dilligence (investigação prévia) feita pelo BTG para aquisição do ativo.
A venda direta deverá atrair bem menos dinheiro do que em leilão – na última vez em que o certame fracassou, o preço era de R$ 1,25 bilhão. Os recursos arrecadados vão para a redução da dívida da MMX, incluindo o acordo de delação que a empresa fechou com o Supremo Tribunal Federal (STF).
Procurados, BTG e XP não se pronunciaram até o fechamento desta reportagem.