A mudança da projeção também incorpora o custo de R$ 41,2 bilhões em despesas extrateto criado pela PEC dos Benefícios, aprovada ontem pela Câmara. Mesmo assim, o banco avalia que o impulso da inflação persistente e dos preços de commodities em nível elevado ainda devem manter as contas setor público superavitárias este ano.
Em 2023, o C6 diminuiu a projeção de um resultado primário nulo (0,0% do PIB) para um déficit de 0,8% do PIB, considerando uma renúncia tributária de R$ 200 bilhões caso as desonerações sejam prorrogadas. “A trajetória das contas públicas está em deterioração e voltaremos a ter déficit fiscal a partir do ano que vem”, diz o relatório do banco digital.
O C6 Bank aumentou de 58,6% para 59,8% do PIB a sua projeção para a dívida líquida de 2022 e de 61,1% para 64,6% do PIB a previsão para 2023. “A dívida deve continuar subindo em 2023, puxada pela perspectiva de juros elevados, pelo baixo crescimento do PIB e pelas medidas recentes de desonerações e aumento de gastos”, diz o texto.