Votaram pela aprovação da operação a relatora, Lenisa Prado, o conselheiro Luiz Hoffmann e o presidente do órgão, Alexandre Cordeiro.
A conselheira Paula Azevedo e o conselheiro Sérgio Ravagnani viram problemas no acordo firmado, alegando que ele não seria suficiente para reduzir possíveis riscos concorrenciais decorrentes da operação.
O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que as empresas se comprometeram a vender mais de 70 mil veículos para aprovar a operação. A informação foi antecipada no final de outubro.
Além disso, segundo o acordo firmado, a marca Unidas será vendida, e não cedida temporariamente, como chegou a ser cogitado durante a instrução do processo. Todos os termos do acordo firmado são sigilosos e não foram divulgados pelo Cade.
As empresas também se comprometeram a vender uma parcela de agências em municípios nos quais os índices de concentração de mercado são mais elevados, além de lojas de vendas de veículos que elas detenham.
O caso é um dos mais sensíveis julgados este ano pelo Cade e está em análise pela autarquia antitruste desde o primeiro semestre.
O acordo firmado entre as empresas e o tribunal do órgão é mais duro do que o negociado com a Superintendência-Geral do Cade, área técnica do órgão, que havia sugerido a aprovação da operação ao Tribunal, em outubro.
Fundada pelo ex-secretário de Desestatizações do Ministério da Economia, Salim Mattar, a Localiza anunciou a fusão com a Unidas em setembro do ano passado, o que criaria uma empresa com valor de mercado consolidado de R$ 48 bilhões.
O grupo terá frota consolidada de quase de 470 mil veículos e presença em países como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai.