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Ciro Nogueira diz que maioria do governo é contrária a subsídio a combustíveis

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Estadão Conteúdos

O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou nesta terça-feira, 24, que a maioria do governo federal é contrária à criação de um subsídio para frear a alta dos combustíveis – em linha, portanto, com o que defende o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Nos bastidores, no entanto, há tempos circula a possibilidade de o Tesouro bancar um subsídio temporário aos combustíveis para amortecer o impacto dos reajustes da Petrobras na inflação em ano eleitoral.

Em entrevista ao SBT News, Ciro Nogueira reconheceu que o subsídio é uma “alternativa”, mas não tem endosso da maioria do Executivo. “Não posso externar se eu sou a favor ou contra. Eu sou fiel à política econômica do presidente e ele tem demonstrado que tem confiança total no ministro Paulo Guedes. Temos que reforçar essa visão que é majoritária no governo atualmente”, declarou. “Todo mundo quer diminuir o preço dos combustíveis. Subsídio é uma alternativa, mas hoje o ministro Paulo Guedes não acha viável.”

O ministro afirmou ainda que o foco do governo neste momento é minimizar o preço dos combustíveis. “O governo está todo voltado ao setor de combustíveis. A nossa principal aflição é diminuir os impactos no bolso do consumidor”, disse o líder do Centrão, na mesma entrevista.

Autonomia do novo presidente

Ciro Nogueira afirmou também nesta terça-feira que o novo presidente da Petrobras precisa de autonomia para trocar as diretorias da empresa.

Revoltado com a alta dos combustíveis em ano eleitoral, o presidente da República, Jair Bolsonaro, demitiu na segunda-feira José Mauro Coelho do comando da estatal e indicou para o cargo o secretário especial de desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a demissão de Coelho também abre caminho para alterações na diretoria da empresa.

De acordo com Ciro Nogueira, trocas nas diretorias são uma decisão do presidente da Petrobras. “É uma decisão do novo presidente. Não é decisão minha. Mas acho que o presidente tem que ter autonomia para fazer modificações que sejam necessárias”, declarou em entrevista ao SBT News.

Privatização

O ministro também afirmou que uma eventual privatização da Petrobras seria um processo que tomaria mais de um ano de discussões no meio político.

“É uma discussão que não vai acontecer a curto prazo”, avaliou o cacique do Centrão, para quem o ano eleitoral inviabiliza votações de porte no Congresso.