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Claro lança oferta para se desfazer de quase 2 mil antenas da Oi

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Estadão Conteúdos

A Claro lançou uma oferta pública para vender parte das antenas recebidas no processo de aquisição das redes móveis da Oi. A operadora está ofertando em torno de 1.950 antenas, avaliadas em cerca de R$ 110 milhões. Esse número de unidades corresponde a 42% da base total recebida.

Na semana passada, a TIM e a Vivo já haviam comunicado o início de processos semelhantes. A Vivo colocou à venda 1.346 antenas pelo valor total de R$ 50,5 milhões. No caso da TIM, são 3.610 pelo valor total de R$ 368,8 milhões.

As informações constam em documentos enviados pelas companhias ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) comunicando o início das ofertas, bem como detalhes dos equipamentos, como especificações, localização e preços unitários. A compilação dos dados totais de unidades e valores foi feita pelo Broadcast.

Para evitar a concentração dos ativos nas mãos de apenas três operadoras após a Oi sair do ramo de telefonia móvel, o Cade determinou que TIM e Vivo deveriam se desfazer de metade das estações rádio-base (ERBs) em seis meses. Para a Claro, que concentrará menos equipamentos, serão 40% em 12 meses.

As ERBs são equipamentos colocados em postes, viadutos, prédios e torres para ativar o sinal de telefonia e internet. De modo resumido: são antenas. Juntas, Oi, TIM, Vivo e Claro tinham quase 100% do total de antenas de telefonia no mercado.

Nas ofertas levadas a público há ERBs aptas a operar as tecnologias 2G, 3G e 4G, nas faixas de 900 Mhz, 1.800 Mhz, 2.100 Mhz e 2.600 Mhz. Há equipamentos das fabricantes Nokia, Ericsson e Huawei.

No geral, os preços unitários vão preços unitários vão de R$ 3 mil a R$ 322 mil, dependendo da localidade, da conservação do item e das suas funções. Boa parte dos equipamentos funciona apenas no 2G e/ou 3G, que estão sendo desligados. Nesses casos, as ERBs são praticamente sucata.

Mesmo no caso das antenas de 4G, alienar esses bens não é tarefa fácil, pois o uso das antenas têm pouca flexibilidade. Os equipamentos funcionam especificamente em uma faixa de frequência. Sendo assim, o possível comprador deverá possuir, principalmente, frequências de 1.800 MHz e 2.100 MHz, que foram muito usadas pela Oi. Ou então, o comprador terá que alugar esse espectro de terceiros (como TIM, Vivo e Claro) caso queira operar as antenas por conta própria.