Segundo a FGV, a falta de confiança na política econômica é o principal problema enfrentado pelos países da América Latina, com 67,4% de citações, seguido por instabilidade política (36,9%) e corrupção (25,2%).
“Nesse cenário, as incertezas quanto à retomada de um crescimento econômico da região levam a expectativas pela falta de confiança nas diretrizes da política econômica. Somam-se ainda problemas estruturais como: falta de inovação, infraestrutura inadequada e aumento na desigualdade de renda são destacados como questões relevantes para o crescimento econômico dos países”, observou a FGV, em nota.
O Indicador da Situação Atual (ISA) caiu 1,1 ponto, para 58,0 pontos, patamar ainda extremamente baixo. O Indicador de Expectativas (IE) despencou 45,5 pontos, para 105,1 pontos, permanecendo na zona favorável.
Brasil
O Clima Econômico no Brasil puxou a média da região para baixo, com um tombo de 55,1 pontos na passagem do terceiro para o quarto trimestre, para um patamar de 63,4 pontos. O Indicador de Situação Atual do País encolheu 14,7 pontos, para 54,5 pontos, enquanto o Indicador de Expectativas despencou 104,2 pontos, para 72,7 pontos.
“A liderança do Brasil na queda das expectativas sugere um quadro pouco promissor para a economia do país”, apontou a nota da FGV.
Também houve piora no ICE no da Argentina (-25,0 pontos, para 37,2 pontos), Chile (-24,3 pontos, para 80,1 pontos), Peru (-20,8 pontos, para 81,6 pontos) e México (-8,4 pontos, para 85,4 pontos).
“O quarto trimestre analisado pelos indicadores da Sondagem aponta a possibilidade de uma piora no clima econômico para a América Latina para os próximos seis meses, embora com intensidades distintas entre os países”, avaliou a FGV.
Dos dez países analisados, cinco melhoram a avaliação do clima econômico na passagem do terceiro para o quarto trimestre: Equador (+34,7 pontos), Uruguai (+33,2 pontos), Colômbia (+33,2 pontos), Bolívia (+13,4 pontos) e Paraguai (+7,2 pontos).