O vice-presidente institucional da associação, Marcio Milan, afirma que, até o momento, a projeção de crescimento de 2,8% no ano de 2022 permanece, mas pode ser revisada em junho ou julho. Até o momento, o setor acumula alta de 2,02% de janeiro a maio.
A cesta Abrasmercado, com 35 produtos de largo consumo, teve alta de 17,2% nos últimos 12 meses. Na comparação de maio com abril deste ano, a alta de foi de 0,94%. No ano de 2022, a alta é de 9,32%.
Auxílios
Milan afirmou também que o setor ainda estuda os possíveis impactos nas vendas da PEC dos Auxílios aprovada da Câmara dos Deputados na quarta-feira. A estimativa é de que cerca de 50% dos recursos sejam destinados para gastos nos supermercados. Durante a fase mais aguda da pandemia, 70% do Auxílio Emergencial teve esse destino. Milan pontua, porém, que agora serviços como bares e restaurantes estão abertos, o que deve redirecionar o dinheiro dado à população mais vulnerável.
A Abras manteve a projeção de crescimento de 2,8% em 2022. Essa expectativa, no entanto, não leva em conta o impacto positivo dos auxílios. Nos últimos cinco meses, o setor acumula alta de 2,02%.
Questionado sobre a possibilidade da maior injeção de dinheiro na economia levar a uma alta de inflação pelo lado da demanda, Milan afirmou que não acredita nessa possibilidade. “Não vejo que auxílios trarão demanda excessiva ou que levarão a aumento da inflação”, disse.
Ele citou medidas de redução de impostos nos combustíveis e outros segmentos como maneiras de equalizar os preços, bem como a responsabilidade da população em pesquisar preços e dos supermercados manterem as negociações mais intensas com a indústria.