O lucro líquido no critério recorrente (que exclui despesas com a reestruturação das unidades produtivas e itens que não fazem parte da rotina) também caiu. A baixa foi de 39,1%, para R$ 162,896 milhões.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado e recorrente encolheu 31,2% na mesma base de comparação, para R$ 415,594 milhões. A margem Ebitda teve retração de 8,5 pontos porcentuais, para 19,2%.
A receita líquida consolidada do grupo teve um leve recuo de 0,7%, indo a R$ 2,161 bilhões.
A Dexco explicou que o impacto nos resultados teve origem no aumento dos custos em função da pressão de insumos, combinada com a menor diluição do custo fixo decorrente do menor volume vendido.
“É importante lembrar que o ano de 2021 foi bastante favorável para os resultados da companhia, dado o cenário de valorização do lar observado durante o período pandêmico, que acabou por favorecer o setor. Ainda, em 2022 notou-se um enfraquecimento da economia local e mundial”, descreveu a administração em seu balanço.
O custo dos produtos vendidos subiu 11,4%, totalizando R$ 1,412 bilhão, enquanto as despesas com vendas aumentaram 11%, para R$ 267,859 milhões. Já as despesas gerais e administrativas tiveram alta de 6,9%, chegando a R$ 81,763 milhões.
Outra fonte de impacto no lucro da Dexco foi o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras), que ficou negativo em R$ 150,560 milhões. Esse montante foi 18,6 vezes maior na comparação anual. “A contínua alta da taxa básica de juros impactou diretamente os encargos financeiros da companhia”, descreveu a direção no balanço.
A Dexco encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida de R$ 3,828 bilhões, salto de 124,5% na comparação anual. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda nos últimos 12 meses) cresceu de 0,81x para 1,96x no período.
O custo médio dos financiamentos encerrou o período em 112% do CDI, um aumento de 3,0 p.p. sobre o segundo trimestre deste mesmo ano, com prazo médio de vencimento 4,0 anos.
A Dexco encerrou o terceiro trimestre do ano com o investimento total de R$ 195,2 milhões em suas operações. Desse total, foram R$ 74,7 milhões relativo à recomposição de seu ativo florestal e R$ 120,3 milhões para manutenção, modernização fabril e digitalização das atividades.