O dólar segue com sinais mistos moderados, em baixa no mercado à vista e ao redor dos R$ 5,16 há pouco, e em alta no contrato futuro de março à casa dos R$ 5,18. O economista-chefe Jason Vieira, da Infinity Asset, afirma que o fluxo cambial segue positivo, com algumas entradas de capital estrangeiro para Bolsa e renda fixa.

Além disso, o avanço de mais de 3% dos preços do minério de ferro melhora o comércio exterior do País, ajudando na leve valorização do real no mercado à vista e de outras divisas emergentes e ligadas a commodities ante o dólar, como peso chileno e peso mexicano nesta manhã.

Lá fora, segundo ele, há cautela meio à tensão no leste europeu, apesar da alta acima do esperado das vendas no varejo nos EUA em janeiro.

As bolsas europeias aceleraram queda e o petróleo acentuou ganhos, após a divulgação de uma entrevista do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. O chefe da diplomacia norte-americana reforçou que ainda não vê sinais de recuo de tropas russas da fronteira com a Ucrânia, ecoando posição já explicitada pela Otan.

Vieira avalia que o fortalecimento do petróleo ajuda a dar impulso às ações da Petrobras na B3 e pode ser compensado pela queda recente dos preços do etanol e do dólar, amenizando o impacto na inflação interna.