O investidores estão monitorando as notícias sobre protestos e paralisações de caminhoneiros, cegonheiros e transportadores de combustíveis após o reajuste dos combustíveis, principalmente do diesel na sexta-feira, e monitoram uma nova rodada de conversas entre Rússia e Ucrânia visando acabar com a guerra no leste europeu.
Um viés de alta do dólar à vista nos primeiros negócios refletiu ajustes ao fechamento anterior e também pode ter precificado a piora das projeções do mercado no relatório Focus para IPCA e Selic em 2022, 2023 e 2024, como reação ao reajuste das commodities e principalmente dos preços dos combustíveis pela Petrobras na semana passada.
No mercado local, operadores relatam pano de fundo de cautela fiscal, após o presidente Jair Bolsonaro enfatizar no sábado que o ministro da Economia, Paulo Guedes, já deu o indicativo sobre a possibilidade de adoção de subsídio aos combustíveis, se o barril do petróleo explodir lá fora. “Essa é uma possibilidade”, afirmou. O mandatário disse ainda que pode enviar ao Congresso um projeto para zerar a cobrança dos tributos federais PIS e Cofins sobre a gasolina, nos moldes do que foi feito com o óleo diesel.
Além disso, a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, falou que o governo não descarta decretar estado de calamidade no País, em caso de alta desordenada no preço internacional do barril do petróleo, permitindo ao governo abrir os cofres em pleno ano eleitoral. Como mostrou o Estadão/Broadcast, a possibilidade de um decreto desse tipo é criticada por autoridades e especialistas.
Às 9h41, o dólar à vista recuava 0,13%, a R$ 5,0476. O dólar para abril caía 0,560, a R$ 5,0735.