O dólar está volátil no mercado à vista. Voltou a perder força frente o real na manhã desta sexta-feira, pressionado pela queda ante peso mexicano e outras divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior em meio ao avanço das commodities. O petróleo exibe ganhos perto de 3% e o minério de ferro fechou em alta de 0,73% a US$ 102,36 a tonelada em Qingdao, na China. Antes, chegou a subir à máxima a R$ 5,6747 (+0,26%) no mercado à vista e a R$ 5,7070 (+0,51%).
Os investidores precificaram nos primeiros negócios a queda de 0,6% da produção industrial brasileira em outubro, contrariando a expectativa mediana do mercado de avanço de 0,7% da atividade industrial, e no piso do intervalo das projeções dos economistas (queda de 0,7% a alta de 1,8%).
Também em relação a outubro de 2020, a produção caiu 7,8%, pior que a mediana esperada (-5,0%) e dentro do intervalo das estimativas dos analistas (recuo de 7,1% a 2,1%).O dado de atividade mais fraco tende a reforçar apostas em alta de 150 pontos na Selic, na próxima semana.
O Projeções Broadcast apurou que a contração de 0,6% da produção industrial de outubro em relação a setembro deixou carrego estatístico de queda de 1,3% para o setor no quarto trimestre do ano.
Os investidores operam ainda de olho no encaminhamento que será dado pela Câmara dos Deputados à PEC dos Precatórios, após as mudanças feitas no texto pelo Senado, que aprovou em dois turnos a proposta ontem. Há ainda compasso de espera pelo relatório do payroll dos Estados Unidos, que se confirmar uma criação forte de vagas em novembro pode reforçar as apostas em antecipação da retirada de estímulos e do aperto monetário pelo Federal Reserve em 2022. A mediana das expectativas do mercado é de criação de 573 mil vagas em novembro, de 531 mil em outubro.
Às 9h43 desta sexta, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,08%, a R$ 5,6557. O dólar futuro para janeiro de 2022 desacelerava a alta a 0,18%, cotado a R$ 5,6895, ante máxima a R$ 5,7070 (0,51%).