Entre as consequências da escalada do conflito geopolítico, o economista aponta uma esperada elevação da inflação global por causa dos preços de energia e combustíveis, o que deve ter impacto de desaceleração da economia global. “Se o conflito for prolongado, o dólar pode ampliar sua valorização, o fluxo de estrangeiros tende a ser interrompido para mercados emergentes, como o Brasil, e pode ser ruim para exportações de commodities agrícolas, mas commodities energéticas devem subir, elevando a pressão sobre o ciclo de alta de juros neste ano pelos bancos centrais de países desenvolvidos”, avalia.
O especialista prevê ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil pode precisar também prolongar mais o ciclo de alta da Selic neste ano, para conter a inflação pelo efeito da demanda maior pela moeda americana do que pelo impacto da queda da atividade econômica.