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Dólar sobe com cenário fiscal e indefinição de ministro da Economia no foco

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Estadão Conteúdos

O dólar volta a subir, com investidores precificando incertezas fiscais e sobre quem irá comandar o ministério da Economia no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 2023. Lá fora, as atenções estão sobre as eleições parlamentares de meio de mandato nos Estados Unidos em dia de agenda econômica vazia.

Os índices futuros em Nova York sobem e o dólar avança também ante pares principais e várias divisas emergentes e ligadas a commodities em manhã de commodities mistas, com alta do minério de ferro e queda dos preços do petróleo.

Os agentes financeiros locais analisam a proposta que a equipe de Transição deve levar a Lula, prevendo gasto extra de até R$ 175 bilhões em 2023.

Além disso, deve ficar no radar a possibilidade de a Câmara dos Deputados acionar uma “pauta-bomba” engatilhada até o final do ano que pode tirar mais de R$ 100 bilhões de arrecadação do Orçamento da União, dos Estados e dos municípios em 2023. O presidente da Câmara, Arthur Lira, poderia levar essa pauta à votação em plenário caso não tenha o apoio do futuro governo à sua reeleição ao cargo de comando dos deputados, em fevereiro, na volta do recesso de fim de ano e janeiro.

O presidente eleito viajará para Brasília hoje à noite e aposta no diálogo político antes de fechar o número do gasto extra no Orçamento, como cobram líderes do Legislativo e integrantes do mercado financeiro.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), coordenador dos trabalhos de transição, deve anunciar parte da equipe hoje, em Brasília, afirmou a assessoria do PT.

Mais cedo, na agenda interna, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou queda de 0,62% em outubro, após uma redução de 1,22% em setembro, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,71% na primeira quadrissemana de novembro, após alta de 0,69% no fechamento de outubro. O indicador acumula alta de 4,66% em 12 meses, menor do que o avanço de 5,05% registrado na última leitura de outubro.

Às 9h30, o dólar à vista subia 1,12%, a R$ 5,2317. O dólar para dezembro ganhava 1,10%, a R$ 5,2515.