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Dólar volta ultrapassar R$ 5,51 com exterior, inflação e fiscal no radar

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Estadão Conteúdos

O dólar volta a escalar, com máximas acima de R$ 5,50 há pouco. O dólar à vista subiu até R$ 5,5160 (avanço de 0,55%) e o dólar novembro, à máxima de R$ 5,5335 (elevação de 0,30%).

O operador da corretora Fair Hideaki Iha afirma que o ajuste local acompanha o fortalecimento da moeda americana ante pares emergentes do real no exterior, como alta de 0,26% ante peso mexicano, após quedas de mais cedo, na esteira do avanço dos juros dos Treasuries.

Iha avalia que, apesar do acordo sobre o teto da dívida nos EUA, os investidores estão cautelosos com inflação pressionada, agora, pelo preço alto da gasolina nos EUA e atentos à possibilidade de início da retirada de estímulos, previstos para breve.

Aqui, Iha comenta que nada está resolvido sobre as pendências para fechar o Orçamento de 2002 e isso incomoda os investidores.

Há pouco, o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, fez uma nova defesa da regra do teto de gastos e repetiu que o governo busca compatibilizar o pagamento dos precatórios com o cumprimento da regra fiscal.

No radar, esta ainda o caixa apertado do governo para pagar despesas e os benefícios da Previdência em outubro, diz o operador.

O Executivo pressiona o Congresso a aprovar um projeto de crédito adicional de R$ 164 bilhões, autorizando a realização de empréstimos para bancar despesas correntes, o que é vedado pela chamada regra de ouro.