O PIB de Serviços avançou 1,0% no primeiro trimestre de 2022 ante o quarto trimestre de 2021, setor que representa 70% da economia do País.
“Dentro dos serviços, o maior crescimento foi de outros serviços, que tiveram alta de 2,2%, no trimestre, e comportam muitas atividades dos serviços prestados às famílias, como alojamento e alimentação. Muitas dessas atividades são presenciais e tiveram demanda reprimida durante a pandemia”, explicou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, em nota divulgada pelo instituto.
Dentro dos serviços, os Transporte, armazenagem e correio cresceram 2,1%.
“Houve aumento do transporte de cargas, relacionado ao aumento do e-commerce no país nesse período, e do de passageiros, principalmente pelo aumento das viagens aéreas, outra demanda represada na pandemia”, justificou Rebeca, na nota.
Já o PIB da agropecuária recuou 0,9% no primeiro trimestre de 2022 ante o quarto trimestre de 2021. A queda foi puxada pela estiagem na região Sul, que reduziu a estimativa da produção de soja, principal cultura da lavoura brasileira.
O PIB da indústria teve apenas ligeira alta de 0,1% no primeiro trimestre. Embora a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos tenha expandido 6,6%, houve uma queda de 3,4% nas indústrias Extrativas (-3,4%).
As extrativas puxaram o PIB industrial para baixo, devido a um recuo na produção de minério de ferro. “Como a Indústria da Transformação teve alta (1,4%) e tem bastante peso no grupo, isso equilibrou o resultado da Indústria”, apontou Rebeca Palis.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,7% no primeiro trimestre deste ano ante o quarto trimestre do ano passado, enquanto o consumo do governo teve ligeiro aumento de 0,1%.
“No consumo das famílias, a demanda também está relacionada aos serviços que são principalmente feitos de forma presencial, como as atividades ligadas a viagens”, justificou Rebeca Palis, na nota do IBGE.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) caíram 3,5%, devido a uma diminuição na produção e importação de bens de capital, enquanto a construção registrou crescimento no período.
No primeiro trimestre, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, abaixo dos 19,7% registrados no mesmo período do ano passado.