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Economistas renomados criticam altos juros no Brasil

Por
Marcel Lima

Jeffrey Sachs – Universidade de Columbia

O economista Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia e diretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável, afirmou que o Brasil é prejudicado por taxas de juros altíssimas, decorrentes de políticas do Banco Central que considera difíceis de explicar.

Ele defende que o momento não é de austeridade fiscal, mas de aumento de investimentos públicos, principalmente em infraestrutura e capital humano. Sachs também defende a redução da taxa de juros no Brasil, estimando que cada ponto percentual significa um gasto de 0,6% do PIB com a dívida.

Ele enfatiza que os altos juros são um impedimento para o investimento público, já que os recursos públicos são direcionados para o pagamento de juros, em vez de investimentos prioritários como infraestrutura, saneamento, habitação e energia verde.

Joseph Stiglitz – Nobel de economia

Joseph Stiglitz, professor da Universidade de Columbia e vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2011, afirmou que a taxa de juros no Brasil é chocante e equivale a uma pena de morte para a economia. Ele participou do seminário “Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI” do BNDES no Rio de Janeiro.

Stiglitz afirmou que as taxas historicamente altas do Brasil impuseram uma desvantagem competitiva e que a economia poderia estar crescendo muito mais se tivesse uma política monetária mais razoável.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também criticou a alta taxa de juros.

O que tem defendido o Presidente do BACEN?

Mês passado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou em uma conferência que o governo está na direção certa e que é possível ter um fiscal responsável com uma parte social.

Ele também destacou a importância de ter alguém no governo responsável por esclarecer o motivo da alta dos juros, e que é justo questionar os juros altos. Campos Neto ainda mencionou que é necessário priorizar gastos e que a conversa com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, foi muito boa.

O presidente do BC também mencionou que a poupança baixa pressiona a taxa de juros neutra e que há um tema ambiental que impacta o fluxo de recursos para o país.

Ele enfatizou a importância da autonomia do Banco Central e que a meta de inflação não é um instrumento de política monetária. Por fim, Campos Neto destacou que o Brasil fez várias reformas que trarão capital e que é necessário ter boa vontade.

Amanhã é o “grande dia”

Amanhã (dia 22/03), o Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central deliberará sobre a manutenção ou não da taxa Selic no patamar atual de 13,75%.

 

 

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