Em um momento de maior demanda, o dólar à vista chegou a ser cotado, na máxima intraday a R$ 5,7570, o maior nível nominal desde 31 de março deste ano, quando chegou a R$ 5,7705. Já no fechamento, a cotação spot foi de R$ 5,7388 (-0,07%). No mercado futuro, a moeda para janeiro subiu 0,03%, a R$ 5,7555.
O ambiente de incertezas fiscais também teve seu peso em vista das discussões sobre a abertura de espaços para despesas no Orçamento, mas desanuviou no fim da tarde quando a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou o texto final do Orçamento de 2022, apresentado pelo relator, deputado Hugo Leal (PSD-RJ). Apenas Novo e PSOL, que criticaram o valor do fundo eleitoral e das emendas do orçamento secreto, votaram contra.
A força contrária para amenizar a pressão também veio do exterior, onde as moedas pares do real se valorizaram frente ao dólar. O alívio foi visto principalmente na lira turca e no peso chileno que, por motivos distintos, se desvalorizaram muito na véspera.
Os contratos futuros de petróleo operaram em alta, o que ajudou marginalmente a tirar a pressão sobre o dólar no exterior. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI com entrega prevista para fevereiro subiu 3,66% (US$ 2,51), para US$ 71,12, enquanto o do Brent para o mesmo mês avançou 3,44% (US$ 2,46), a US$ 73,98, na Intercontinental Exchange (ICE).
Hoje, pouco depois da abertura das negociações, o Banco Central vendeu US$ 500 milhões no mercado à vista. Com isso, já foram vendidos US$ 3,872 bilhões desde o dia 10 de dezembro. Houve ainda no mês dois leilões de linha (sendo um deles de rolagem), totalizando venda de US$ 1,5 bilhão.