Em nota a fabricante brasileira afirma que a parceria é mais uma oportunidade para o aumento da capacidade produtiva destas duas unidades, uma vez que além de fornecer componentes para a aviação comercial, executiva e área de defesa da empresa, existe a expectativa de aumento da produção de componentes para outros fabricantes aeronáuticos globais. Isso significa mais empregos nesta região do interior de Portugal.
“O acordo também está em linha com a estratégia de crescimento da Aernnova, que reforça ainda mais o status da companhia como uma líder global em design e produção de aeroestruturas, e tem como objetivo aumentar a capacidade de produção dos centros de excelência em Évora, cuja operação tem uma importância estratégica para os produtos atuais e futuros da Embraer”, afirma a empresa.
Com 500 colaboradores, as unidades de Évora produzem, entre outros, componentes para asas e estabilizadores verticais e horizontais para programas aeronáuticos da Embraer como os aviões executivos Praetor 500 e Praetor 600, as duas gerações de aviões comerciais da família de E-Jets e a aeronave multimissão KC-390 Millennium. As unidades industriais em Portugal serão os maiores centros produtivos da Aernnova no mundo.
A Embraer ressalta que o acordo reforça a posição da Aernnova como fornecedora de primeira linha para aeronaves de corredor único, avançando a posição da companhia nos mercados de aeronaves executivas e de defesa. “As atividades nas instalações industriais de Évora adicionarão cerca de US$ 170 milhões (157 milhões de euros) em receitas para a Aernnova. A capacidade dessas unidades industriais também permitirá a assinatura de novos contratos, seja com a Embraer ou com outros fabricantes”, afirma.
A Embraer destaca que mantém o seu compromisso estratégico com Portugal, país onde, fora do Brasil, mais investe em capacidade industrial. A companhia cita o investimento anunciado recentemente de 74 milhões de euros na OGMA para trazer para Portugal a manutenção dos motores GTF da Pratt & Whitney, usados pela nova geração de aviões comerciais. Este acordo criará 300 postos de trabalho e poderá triplicar o volume anual de negócios para 600 milhões de euros.
A empresa lembra ainda que em março foi lançado um projeto de cooperação de desenvolvimento tecnológico com a assinatura de um Memorando de Entendimento com a idD Portugal Defence e a ETI. Esta nova parceria tem como objetivo o desenvolvimento de produtos de Defesa e de dupla utilização em áreas relacionadas com tecnologias de treino e simulação, mais especificamente com Realidade Virtual, Realidade Aumentada, Realidade Mista e Análise de Dados.