Segundo a Secretaria da Presidência, o veto não impede a venda direta, já que esse tema foi tratado em regulamentação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) – entretanto, de acordo com fontes, o texto da agência afirma que usinas só podem vender a postos que ficam no mesmo município, o que restringe o número de negociações especialmente no Centro-Sul. A justificativa da Presidência da República foi de que a inclusão de cooperativas à Medida Provisória que tratava do assunto criaria uma renúncia fiscal indevida e distorceria a concorrência setorial, já que cooperativas têm isenção na base de cálculo do PIS/Pasep e Cofins. O texto inicial da MP não incluía essas unidades, mas o Congresso as acrescentou posteriormente.
Parte do setor sucroenergético aguarda para saber se o governo federal pretende enviar uma nova Medida Provisória ao Parlamento sem inclusão de cooperativas e trabalhar para que congressistas não as incluam mais uma vez.
A região que mais busca a venda direta é o Nordeste, onde usinas ficam mais próximas dos postos, portanto a necessidade de transporte até a distribuidora para só depois ir ao posto aumenta o custo do frete. Lá, a limitação de negócios ao mesmo município causa menos problemas do que no Centro-Sul.
Mesmo antes do veto desta terça-feira, a comercialização diretamente entre usinas e postos pouco avançou, devido, principalmente, à incerteza tributária.