Essas projeções não são precisas e excluem certos fatores, como custos específicos incorridos pela Exxon. Ainda assim, o período entre abril e junho pode ser o mais lucrativo em pelo menos 25 anos, de acordo com a FactSet.
Em documentos regulatórios divulgados na sexta-feira, 1º, a Exxon disse que espera que as margens de refino aumentem em até US$ 4,6 bilhões no segundo trimestre, e o aumento dos preços do petróleo bruto, gás e outros líquidos contribuam com outro aumento de até US$ 3,3 bilhões.
O lucro crescente agradará os investidores, mas também coincidirá com os custos crescentes de energia para os consumidores. A média nacional de gasolina comum atingiu uma alta histórica de US$ 5 o galão no mês passado, e os altos preços dos combustíveis tornaram-se um ponto de pressão política.
Ainda hoje, a Exxon afirmou estar investindo para aliviar os altos preços da energia, que, segundo ela, resultam principalmente de anos de subinvestimento em especial desde que a pandemia de covid-19 iniciou. A porta-voz da Exxon, Erin McGrath, observou que a empresa perdeu um recorde de US $ 22 bilhões em 2020, enquanto investia US$ 21,4 bilhões. Seus ganhos subiram para US$ 23 bilhões em 2021, o maior lucro anual desde 2014.
A Exxon disse que injetou quase US$ 120 bilhões em investimentos em energia entre 2017 e 2022, mais que o dobro de seus ganhos naqueles anos. “Fizemos isso para atender às demandas de energia da sociedade e, de fato, estamos investindo mais do que qualquer outra empresa dos EUA para aumentar a produção de petróleo e gás natural”, afirmou McGrath.
A petroleira planeja aumentar a produção na Bacia do Permiano em 25% este ano e está trabalhando para trazer mais 250 mil barris por dia de capacidade de refino em uma refinaria de Beaumont, no Texas.
Assim como a maioria das outras empresas petrolíferas americanas neste ano, a Exxon se concentrou em devolver dinheiro aos acionistas, em vez de perseguir os altos preços do petróleo reinvestindo seus lucros no setor petrolífero. No final de abril, a Exxon anunciou que triplicaria suas recompras de ações para US$ 30 bilhões até 2023, mas que manteria os gastos com campos de petróleo em um ritmo relativamente modesto, em comparação com os níveis de gastos pré-pandemia.