Da mesma forma, as horas trabalhadas na indústria cresceram 3,5% em agosto na comparação com o mês anterior. Na comparação com agosto de 2021, a alta é de 9,2%.
“O índice vinha mostrando tendência de alta desde 2021, registrou queda significativa em abril e retomou a trajetória de alta nos meses seguintes. Destaca-se ainda que esse crescimento das horas trabalhadas vem ocorrendo a partir de um patamar relativamente alto, o que levou o índice a valores próximos ao registrado em 2015”, destacou a CNI.
Por outro lado, o emprego industrial recuou 0,1% em agosto em relação a julho, após três meses de altas seguidas. “O comportamento é interpretado como uma acomodação após um período de crescimento que, em linhas gerais, vinha em curso desde o segundo semestre de 2020”, acrescentou a entidade. O emprego na indústria ainda registrou uma alta de 1,7% na comparação com agosto do ano passado.
Com o recuo no emprego, a massa salarial real da indústria também caiu 0,5% em agosto ante julho, mas ainda acumula um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo mês de 2021. O rendimento médio real do trabalhador do setor recuou 0,6% no mês, mas tem avanço de 4,0% na comparação anual.
O dado mais negativo vem da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) das fábricas, que recuou pelo quinto mês consecutivo. A queda em agosto foi de 0,3 ponto porcentual, para 79,9%. Desde março do ano passado, a UCI do setor estava acima dos 80%. “Aos poucos, a indústria vem contornando o problema de falta e alto custo de insumos e matérias-primas, reduzindo a pressão sobre a produção”, comentou a CNI.