“A confiança do setor de serviços segue em trajetória favorável pelo terceiro mês consecutivo. A alta desse mês foi, mais uma vez, influenciada tanto pela melhora na percepção do volume de serviços no mês quanto pela evolução favorável das expectativas. Outros pontos positivos são a aproximação do nível neutro de 100 pontos e a disseminação entre os segmentos”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em maio, houve melhora na confiança em nove dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 2,1 pontos, para 98,1 pontos, maior nível desde dezembro de 2013, quando estava em 99,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) avançou 1,9 ponto, para 98,5 pontos.
“No curto prazo, ainda é possível imaginar uma continuidade da trajetória positiva com a liberação de recursos que podem estimular a demanda, recuperando assim, as perdas ocorridas ao longo da pandemia. No médio e longo prazo, o ambiente macroeconômico desfavorável parece ser um fator impeditivo”, completou Tobler.
A alta do Índice de Situação Atual (ISA-S) nos últimos três meses ajudou a levar para território positivo o resultado da confiança em médias móveis trimestrais. Segundo a FGV, na passagem de 2021 para 2022, a recuperação do ISA-S iniciada no início do ano passado vinha perdendo força, mas a virada para o segundo trimestre foi positiva devido às recentes altas.
“No mesmo período, o Indicador de Desconforto (composto pela média das parcelas padronizadas demanda insuficiente, taxa de juros, problemas financeiros, pandemia, fatores políticos e econômicos como limitações a melhoria dos negócios) também mostra sinais de recuperação e agora o indicador em médias móveis trimestrais registra a menor distância desde o início da pandemia para o ISA-S na mesma métrica (21,6 pontos, em médias móveis trimestrais)”, apontou a FGV.
A coleta de dados para a edição de maio da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.500 empresas entre os dias 2 e 26 do mês.