“O ICE recua em outubro com piora das expectativas nos quatro setores pesquisados, sinal de que o setor produtivo espera uma desaceleração do nível de atividade nos próximos meses”, diz a nota divulgada pela FGV.
O ICE reúne os indicadores de confiança produzidos pelas sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em outubro, segundo o comentário da FGV, houve algumas diferenças entre cada setor pesquisado. Na construção civil, houve “certa resiliência”, pois o setor “continua registrando aumento da carteira de contratos e um bom nível de atividade corrente”.
Na indústria, “a desaceleração continua se aprofundando”. Segundo a FGV, houve “queda do nível de utilização da capacidade pelo terceiro mês seguido e piora da percepção sobre a procura interna e externa por produtos industriais”. Já no setor de serviços, “o bom momento do segmento de serviços prestados às famílias vem segurando uma queda mais acentuada da confiança”, segundo a FGV.
Assim como os demais indicadores de confiança da FGV, o ICE é formado por dois componentes principais. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) recuou 2,7 pontos, para 99,3 pontos. O Índice de Expectativas (IE-E) caiu 4,2 pontos, para 95,9 pontos, puxando a queda do ICE agregado.
Além disso, a queda na confiança foi generalizada. O índice de difusão da confiança, ou seja, a proporção, entre os 49 segmentos econômicos pesquisados nas sondagens da FGV, que apresentou aumento em seus indicadores ficou em apenas 20% em outubro. Em setembro, 61% dos segmentos registraram desempenho positivo.
A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de 3.961 empresas dos quatro setores entre os dias 1º e 26 de outubro.