“Em dezembro, a piora do IAEmp leva o indicador ao menor nível desde abril e encerra o ano confirmando a tendência negativa iniciada nos últimos meses. A desaceleração da economia no final de 2021, observada nos principais setores, parece ser o principal fator para esse resultado já que a pandemia, neste momento, parece controlada. Para os primeiros meses de 2022, é difícil vislumbrar um cenário muito favorável para o mercado de trabalho considerando o frágil ambiente macroeconômico que deve persistir no curto prazo”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em dezembro, cinco dos sete componentes contribuíram negativamente para o resultado. Os destaques foram os indicadores de Situação Atual dos Negócios da Indústria, que recuou 7,0 pontos, e Tendências dos Negócios de Serviços, que caiu 3,0 pontos. Já os dois componentes que subiram foram os de Situação Atual dos Negócios de Serviços, com alta de 2,5 pontos, e Emprego Previsto da Indústria, com elevação de 2,2 pontos respectivamente.