No documento, a entidade formaliza a rejeição da contraproposta da Petrobras, de reajuste salarial de 5%. A posição foi adiantada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, no sábado, 9, ao fim da rodada de consultas à categoria por meio de 12 assembleias estaduais pelo País.
Os petroleiros reivindicam reposição da inflação entre setembro de 2021 e agosto de 2022, além de reposição salarial das perdas dos últimos seis anos entre 2016 a 2021, equivalente a reajuste de 3,8%. Com isso, diz a FUP, a categoria não busca um aumento real de salário. Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a contraproposta de reajuste da Petrobras é 8,5% inferior à reivindicada pelos petroleiros.
Na carta de ontem, a FUP destaca que a reprovação da contraproposta da Petrobras foi “massiva, rejeitada por unanimidade em várias bases”. A entidade atribui o resultado das consultas aos últimos dados econômicos apresentados pela companhia, com “seguidos recordes nos lucros”: R$ 106 bilhões em 2021 e R$ 44 bilhões no primeiro trimestre de 2022.
“A contraproposta da Petrobras representa uma afronta aos trabalhadores, principais responsáveis pela produção de riqueza que está sendo distribuída aos acionistas, sem qualquer retorno à sociedade”, diz a carta. A FUP hoje representa cerca de 24 mil petroleiros.
O documento é assinado pelo coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar. A carta tem como destinatários a Petrobras e, especificamente, o gerente de relações sindicais, Jonathan Xisto de Oliveira, e o gerente de relações com sistema, governo e entidades externas, Fabrício Pereira Gomes.