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Fusões bancárias caminham para nível mais alto nos EUA desde crise de 2008

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Estadão Conteúdos

Os bancos estão a caminho de realizar neste ano fusões em ritmo não visto desde a crise financeira de 2008 nos Estados Unidos. Trata-se de uma inflexão ante o ano passado, quando a economia sofreu o choque da covid-19 e muitos bancos regionais e comunitários deixaram em modo espera planos de fusão. Agora, executivos do setor sentem-se mais seguros sobre o futuro, mas alguns consideram difícil seguir adiante sozinhos. Mesmo com recuperação econômica, a demanda por empréstimos segue baixa e os lucros com essas operações são contidos.

Bancos já anunciaram mais de US$ 54 bilhões em acordos até o fim de setembro, segundo a Dealogic. Isso coloca as fusões e aquisições no setor a caminho do maior ano desde 2008, quando alguns bancos tiveram de ser vendidos para evitar suas quebras. Neste momento do ano passado, os bancos haviam anunciado apenas US$ 17 bilhões em fusões.

Os bancos em geral levam semanas ou meses avaliando o histórico de empréstimos de um potencial alvo, em busca de empréstimos arriscados ou outros sinais de cautela, antes de concordar em adquiri-los. Mas a pandemia da covid-19 tornou esse processo mais complexo, ao dificultar a avaliação do crédito dos próprios clientes, e mais ainda da concorrência.

No fim do ano passado, conversas sérias sobre fusões foram retomadas, segundo executivos e documentos regulatórios. Bancos menores também têm registrado dificuldade para competir com ofertas mais digitais e tecnológicas dos grandes bancos.