Georgieva pontuou que as moedas digitais ainda trazem dúvidas. Uma questão-chave no assunto, segundo a diretora, é a necessidade de rastreabilidade nas negociações, enquanto se garante a privacidade dos operadores. Ela afirmou acreditar nas identidades digitais, que estão sendo estudadas, mas ponderou que “vários problemas” podem surgir no campo dos direitos humanos, por exemplo.
Entre os riscos de os países adotarem os novos ativos, a líder do FMI aponta a segregação tecnológica. “Se você vive em um lugar sem tecnologia, você é excluído desse sistema. Portanto, ao mesmo tempo, temos que superar essa divisão tecnológica”.
Quanto aos benefícios das moedas digitais, Georgieva exemplificou a facilidade de pagamentos para além de fronteiras que, atualmente, “ainda são caros e devagar”.
Em relação à participação de cada ator no mercado dos ativos, Georgieva diz que o setor privado poderia criar um sistema mais eficaz, enquanto estaria a cargo dos bancos centrais garantir que haja confiabilidade e interoperabilidade nos processos.