A decisão deve ser seguida por “todos os produtores, comercializadores e distribuidores” em todo o território nacional, diz o texto.
A norma também define que as empresas que integram a cadeia de produção dos produtos da lista devem “aumentar sua produção até o máximo de sua capacidade instalada” e assegurar o transporte e o fornecimento durante o período de vigência da medida.
O presidente da Câmara Argentina de Comércio e Serviços, Mario Grinman, alertou para o risco de desabastecimento, com a medida oficial, segundo o jornal local Ámbito Financiero.
Segundo ele, quando terminar o que as empresas já fabricaram, elas podem não produzir mais no período, caso concluam que terão prejuízo. Grinman lamentou que o país tenha voltado a recorrer a uma estratégia que, segundo ele, “nunca funcionou”.
O secretário de Comércio, Roberto Feletti, rebateu no Twitter, criticando as “ameaças”, dizendo-se aberto ao diálogo e às negociações, “mas não nesses termos”.
Outro jornal local, Cronista, destacava que a lista de produtos tem 881 páginas, por incluir preços determinados para cada produto em cada um dos 24 distritos do país.
A Argentina enfrenta um aumento na inflação, em mais de 50% ao ano na leitura mais recente, além de um aumento na pobreza e outros problemas sociais com o choque da covid-19.
O país negocia novo pacote de ajuda com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, a decisão sobre congelar os preços de produtos é tomada em período que inclui a eleição legislativa de 14 de novembro no país.