Para esse grupo, representado por abrdn (representada por Aberdeen do Brasil Gestão de Recursos Ltda), Compass Group LLC, Icatu Vanguarda, IP Capital Partners, Larus Gestora, Oceana Investimentos, Squadra Investimentos, Squadra Investments, Truxt Investimentos e Verde Asset Management, a operação não capta o “valor correto” da OG e “não incorpora os desafios que surgem com a combinação com a OD”.
Diante disso, mesmo que vejam “evoluções” na proposta revisada apresentada pela Omega Geração no último dia 7 de outubro, dizem que tais avanços não são “suficientes para possibilitar sua aprovação na Assembleia de Acionistas Extraordinária, marcada para o dia 28 de outubro de 2021”. Segundo a carta desse grupo, a avaliação da Omega Geração sem considerar uma série de atributos “únicos” da empresa “subestima materialmente o valor real da companhia”. Segundo tais gestores, no cenário atual do setor elétrico brasileiro, a Omega Geração é “um ativo único e irreplicável”.
Esses acionistas listam uma série de atributos da Omega Geração e de desafios para a Omega Desenvolvimento. A partir disso, afirmam entender que a combinação de negócios é uma das alternativas estratégias para a OG e que a transação poderia contribuir para a criação de “uma empresa ainda mais forte”.
“Sendo assim, o Grupo de Acionistas propõe e apoia a revisão da relação de troca para incorporação das ações da OG pela Omega Energia de 2,053620113363 para 2,523385720573. Como resultado, depois da combinação de negócios, a OG representará 83,09% da Omega Energia (antes 80,0%) e a OD, 16,91% (antes 20,0%). Essa relação equilibra, na visão do Grupo de Acionistas, o valor justo relativo entre OG e OD”, dizem os gestores na carta.
Resposta
E a Omega Geração, no mesmo fato relevante, responde ao grupo de acionistas dizendo que encaminhará a carta para a Omega Desenvolvimento. No texto, a OG esclarece que “a Omega Desenvolvimento não tem qualquer obrigação vinculativa conosco em condições diferentes da anunciada após revisão do dia 7 de outubro de 2021 para a venda da empresa ou de projetos desenvolvidos, com exceção do acordo de transferência para Assuruá 4, sendo, portanto, seus acionistas livres para decidirem o futuro daquele negócio”.
“Comunicaremos a todos os acionistas tempestivamente assim que tivermos qualquer indicação por parte da Omega Desenvolvimento quanto a essa proposta apresentada pelo Grupo de Acionistas”, escreve a Omega Geração, que antes fez questão de ressaltar que “a transação proposta foi amplamente recomendada por analistas de investimentos e de governança corporativa de instituições de profundo renome local e internacional.”
“Cabe destacar que o modelo escolhido que concede poder aos acionistas minoritários sobre decisão da operação proposta de fusão entre partes relacionadas, vem associado à responsabilidade dos mesmos em colocarem os interesses da Omega Geração em primeiro lugar, avaliando méritos estratégicos, econômicos, oportunidades e riscos associados”, diz a OG no fato relevante.
As condições que a Omega Geração cita, apresentadas no dia 7 de outubro, preveem que a companhia permanece com o preço a R$ 40,00 por ação, ou R$ 7,8 bilhões de valor de mercado, enquanto a Omega Desenvolvimento teve o valor patrimonial reduzido em 27%, passando de R$ 2,7 bilhões para R$ 1,966 bilhão. Com isso, os acionistas da Omega Desenvolvimento terão 20% da nova empresa e os da Omega Geração ficarão com o restante da participação, de 80%, sendo que na proposta inicial eles ficariam com 74,35% do negócio.