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Guedes: redução da TEC deve elevar importação no Mercosul e ajudar preço interno

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Estadão Conteúdos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira que a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul deve aumentar as importações de produtos no bloco e colaborar para segurar a alta de preços internos nos países. “Temos convocados nossos irmão argentinos, paraguaios e uruguaios para a modernização do Mercosul. Com a compreensão deles, vamos dar um primeiro passo que é a redução em 10% quase todas as tarifas comuns de importação. Vamos deixar 13% dos produtos fora dessa redução, mas conseguimos avançar em 87% dos bens e serviços”, relatou Guedes, na 3ª Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul.

E completou: “Gostaríamos de dar um choque de oferta, para deixar entrar importações e dar uma moderação na alta de preços. É o momento ideal para abertura do Mercosul, ainda que tímida.”

O ministro voltou a defender uma maior integração do Brasil e dos países do Mercosul à economia global. “O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo, é trágico, lamentável. Perdemos espaço e regredimos porque mantivemos práticas comerciais obsoletas”, avaliou. “Brasil está se direcionando para acordos na região Asiática. É importante que Mercosul permita a flexibilização de acordos. Precisamos comprar comida barata e gerar mais empregos”, repetiu.

G20 e emergentes

O ministro da Economia disse ainda que o governo brasileiro tem trabalhado para direcionar as conversas do G20 na direção dos emergentes. Ele lembrou que Indonésia, Índia e Brasil são os próximos países a assumirem a presidência anual do grupo das maiores economias do mundo.

“As próximas três presidências do G20 serão de emergentes, e já estamos conversando para criar nossa agenda. Temos que mudar o eixo das conversas para a nossa direção. O Brasil tem que ser o protagonista do futuro verde do planeta, dessa marcha em direção à energia limpa”, afirmou o ministro.

Segundo Guedes, o Brasil deve ter apoio dos Estados Unidos e da União Europeia na discussão sobre o pagamento para a preservação ambiental. “Tem que haver pagamento pelo serviço de preservação dos recursos naturais. O Brasil e a Indonésia são campeões de preservação, a Índia também”, completou.