“Tem um impacto de curto prazo sim no IPCA, mas é uma medida de política industrial e não de política inflacionária. Tira mesmo um pouco da pressão dos preços industriais, vai dar uma derrubadinha no IPCA, mas o que vai determinar se vai ter inflação é a atuação do Banco Central”, afirmou.
O ministro disse ainda que a redução do IPI abre espaço para uma nova redução futura no Imposto sobre Importação de bens. No fim do ano passado, o governo anunciou um corte de 10% nas alíquotas do Imposto de Importação de 87% dos bens que compõem a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) – muitos deles industrializados.
“Vamos abrir o Brasil, mas respeitamos o nosso parque industrial. Enquanto não aliviássemos a indústria, seria uma covardia abrir de repente. Estávamos devendo a eles”, reconheceu. “Mas se os preços industriais continuarem subindo, podemos baixar em mais 10% a tarifa e abrir um pouco mais a economia. Não é a nossa intenção, mas pode haver uma nova rodada de redução da TEC neste ano”, avisou.
De acordo com o Ministério da Economia, a medida representará um incremento de R$ 467 bilhões no PIB em 15 anos e de R$ R$ 314 bilhões em investimentos em 15 anos. O secretário especial de Estudos Econômicos da pasta, Adolfo Sachsida, destacou que essa é a sexta medida de redução de tributos do atual governo, citando o fim do adicional de multa de 10% do FGTS, a redução do DPVAT, a queda nas taxas da CVM, a redução do adicional de frete da Marinha Mercante e a própria redução da em 10% da TEC no ano passado.