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Heleno nega conversas sobre eleições no Brasil com diretor da CIA

Por
Estadão Conteúdos

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, ministro Augusto Heleno, negou nesta quinta-feira, em transmissão ao vivo nas redes sociais, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que o diretor da CIA, William J. Burns, tenha dito a interlocutores do chefe do Executivo de que ele deveria parar de pôr em xeque o processo eleitoral do País, como revelado hoje pela Reuters.

“Isso nunca aconteceu, não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições, nem nos EUA nem aqui”, afirmou o general. “Repórter da Reuters fez narrativa de que o diretor do Centro de Inteligência Americano teria sido mandado ao Brasil para dar recado para o senhor, para não perturbar mais a realização das eleições de 2022. Lógico que as conversas sobre a área de inteligência que nós tivemos foram extremamente produtivas, muito interessantes, mas esta conversa sobre eleições jamais aconteceu”, acrescentou na live.

Bolsonaro chamou a reportagem de “fake news”. “Seria extremamente deselegante chefe de agência como a CIA ir a outro país dar recado”, afirmou o presidente. “Talvez queiram criar narrativa plantada fora do Brasil, quando as Forças Armadas, deixo bem claro, foram convidadas a participar de processo eleitoral.”

Mais cedo, o GSI emitiu nota em que confirmou a reunião com a CIA, mas não revelou o teor. A pasta ainda declarou que não recebe recados de nenhum país do mundo.