Como funcionará a parceria com a Embraer? A Flapper hoje não tem aeronaves próprias. Vocês vão comprar os eVTOLs?
Ainda não sei dizer se vai ser leasing (contrato de aluguel com um terceiro que, ao final, oferece a opção de compra) ou compra direta da aeronave, mas a ideia é que uma empresa com experiência no setor faça essa operação.
O contrato foi fechado em número de horas de voo que a Embraer fornecerá, e não em total de veículos…
Como a capacidade de baterias deve melhorar nos próximos anos, não sabemos se, para ter 25 mil horas de voos, precisaremos de cinco ou quinze aeronaves. Fizemos um contrato que considera nossa demanda em horas, que já existe, mas não estipula o número exato de aeronaves.
Quando e onde a Flapper deve começar a trabalhar com “carros voadores”?
Se a Embraer começar a entregar as aeronaves em 2026, podemos imaginar que a Flapper será um dos primeiros clientes. Vamos operar em cidades em que o aeroporto é longe do centro, que têm trânsito intenso e população ampla. São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba serão prioridade. No longo prazo, nada impede de operarmos entre Angra dos Reis e Rio, onde já temos muita demanda.
O que mudará na comparação com o que a Flapper oferece hoje?
Esse tipo de veículo abre um mercado que hoje está reservado para pessoas mais ricas. A ideia é atender a classe média. Estamos falando de um voo que talvez custe o dobro de uma corrida de Uber, mas que, no longo prazo, vai ser mais barato. Estamos falando de criar algo totalmente novo. Será um mercado sustentável e com aeronaves silenciosas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.