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IEA/Apta: Produtor paulista recebeu 0,95% mais pelos seus produtos em junho

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Estadão Conteúdos

Agricultores e pecuaristas paulistas receberam 0,95% mais pelos seus produtos em junho em relação a maio, indicou nesta quarta-feira, 20, o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Já no acumulado de 12 meses, o Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) acumulou expressiva alta de 24,89%.

Ainda conforme o IEA, tanto os produtos de origem vegetal quanto os de origem animal subiram de preço no mês passado em relação ao mês anterior. No IqPR-V (índice de preços de vegetais), a alta em junho foi de 0,59%. Já no IqPR-A (índice de preços de produtos de origem animal), houve avanço de 1,9%.

O IEA observa que na cana-de-açúcar, principal item formador de preços no índice, o produtor recebeu 0,43% menos em junho. Mas houve alta em banana nanica (+33,3%); em leite, com +7,42%; em amendoim, +7,36% e carne de frango, +4,7%. “Esses produtos foram os que mais se destacaram para um maior reajuste positivo do índice geral”, diz o IEA, em nota. Tirando-se a cana, o índice geral se valorizou 1,98% em junho ante maio e o índice dos vegetais, 2,05%.

A forte alta da banana nanica está associada à queda da temperatura média entre o fim do outono e o início do inverno, que limitou o desenvolvimento dos cachos. “Destaca-se também a expectativa de menor produção, com queda de 11,1% de área e 8,4% na produção paulista”, cita o instituto.

Nos últimos 12 meses, o ganho do produtor rural paulista foi maior ainda, diz o IEA. Entre junho de 2021 e junho de 2022, dez produtos do levantamento tiveram reajuste positivo e cinco, negativo. “Nesse intervalo, o IqPR variou positivamente em 11 dos 12 meses analisados, com 24,89% no geral”, menciona o instituto.

Já no que se refere ao indicador de produtos de origem vegetal (IqPR-V), as altas acumuladas da batata (419,08%); do tomate para mesa (109,46%); da banana nanica (103,51%); do café (58,7%) e da cana-de-açúcar (32,26%) sedimentaram o avanço global de 32,41% nos últimos 12 meses. No caso dos preços de proteínas animais, o IqPR-A subiu menos, ou 6,49%. “Destaca-se que essa diferença em relação aos outros indicadores se justifica principalmente pelas quedas dos preços das carnes suína (-9,31%) e bovina (-2,86%) no intervalo de junho de 2021 a junho de 2022”, conclui o IEA.