No caso dos Estados Unidos, o IIF projeta expansão de 5,7% em 2021 e de 4,7% no ano seguinte. Na zona do euro, avanços de 4,9% e 4,5% e no Japão, de 2,5% e 2,4%, respectivamente.
Para a China, o instituto calcula crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 8,3% neste ano e de 5,3% em 2022.
Para toda a América Latina, há previsão apenas para o ano atual, de avanço de 6,4%.
No caso da Argentina, a expectativa do IIF é de crescimento de 7,4% em 2021 e de 1,8% em 2022. Já a do México é de altas de 6,1% e 2,3%, respectivamente.
Vulnerabilidade
Em relatório publicado nesta quinta-feira, o IIF analisa a “recuperação divergente” no mundo. A instituição diz que não deve haver recuperação sincronizada, após o auge do choque da covid-19, com perspectivas “desiguais e frágeis” na retomada. Sobre os emergentes, afirma que eles estarão “vulneráveis à retirada antecipada de apoio monetário e fiscal”.
O IIF destaca que, em muitos países, o crescimento atual é mais fruto de efeitos estatísticos “do que uma genuína expansão da atividade”.
Ele ainda alerta que uma eventual desaceleração maior da China pode ter “efeitos importantes” nos mercados emergentes em geral.
O IIF afirma que manteve seu cenário-base de um risco baixo de “taper tantrum” – o movimento de grande retirada de ativos de emergentes de 2013, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ter sinalizado aperto monetário.
O fluxo de capital para emergentes, excluindo-se a China, deve alcançar US$ 850 bilhões em 2021, motivado por “uma recuperação robusta” do investimento estrangeiro direto.
Já no longo prazo, o IIF diz que há o risco de uma “estagnação secular” entre os emergentes, diante de uma recuperação incompleta e da falta de espaço político.
Fluxos fortes para portfólios de dívida e a alocação de Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI) também são apontados como fatores para o resultado dos fluxos de capital dos emergentes.