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5 motivos para incentivar jovens investidores a entrar na bolsa

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Um conselho para os jovens investidores: erre o quanto antes! Esta parece ser uma advertência intransigente, mas não é. O melhor momento para cometer erros e recomeçar do zero é na juventude.

Quer saber por quê?

Continue a leitura deste artigo e conheça os 5 bons motivos para incentivar jovens e adolescentes a investir.

Se a ideia de que adolescentes e jovens possam investir na Renda Variável é uma novidade para você, saiba que isto já é uma realidade. Influenciados por youtubers, pais investidores e conteúdos da internet, muitos menores de idades já estão operando na B3. Segundo dados divulgados em julho deste ano, há cerca de 10 mil contas registradas no nome de menores de 15 anos. Este número pode não parecer tão significativo, visto que há mais de 2 milhões de CPFs registrados na bolsa brasileira atualmente. No entanto, juntos, investidores menores de 15 anos somam R$ 1,79 bilhão em ativos diversos.

Muitos adolescentes estão se interessando pelo mercado financeiro como forma de aprendizagem no mundo das finanças. Além disso, também procuram o mercado financeiro como meio de multiplicar seus rendimentos. De 2018 para 2019, o número de menores de idade cadastrados na B3 mais que dobrou. Ao que tudo indica, o número de jovens investidores continuará crescendo. A experiência de investir com tão pouca idade pode ser extremamente benéfica para a educação financeira dos jovens. Por isso, neste texto, elencamos alguns bons motivos para incentivarmos adolescentes e jovens a investir na bolsa.

1. Aprender a errar na hora certa

Algumas lições sobre investimentos são melhor aprendidas quando temos maior tolerância ao risco. Por isso, o momento certo para aprender com os próprios erros é na juventude. Quando se trata da jornada de investimentos, ter tempo para se recuperar e agir no longo prazo é um benefício valioso.

As consequências dos primeiros erros são muito mais educativas que muitos acertos. Os jovens investidores, em geral, possuem maior tolerância ao risco do que investidores mais experientes. Por serem dependentes dos pais, seus investimentos não costumam comprometer o estilo de vida da família. Por isto, nesta idade, podem testar movimentos e aprender mesmo quando tomam decisões equivocadas.

A regra de “aprender a errar na hora certa” é válida também para jovens maiores de idade que estão se aventurando no mercado financeiro pela primeira vez. A vantagem de errar na juventude é que os possíveis danos causados ao patrimônio são muito mais fáceis de recuperar. Devemos isto ao fato de que o jovem tem mais tempo para reconstruir e aumentar seus recursos.

2. Amadurecimento dos processos decisórios

Investidores que passaram por crises financeiras no início da carreira possuem mais resiliência e, em geral, mais inteligência emocional para lidar com perdas e riscos. Ao aproveitarem a

juventude e o início de suas carreiras para testar movimentos e arriscar mais, aprenderam lições importantes.

O mesmo princípio também é válido para menores de idade interessados em investimentos na renda variável. A habilidade de discernir e tomar boas decisões é desenvolvida com tempo e prática. O quanto antes o investidor começar, melhor.

Quando deixamos que adolescentes operem no mercado financeiro, permitimos que eles aprendam lições práticas preciosas. Talvez a lição mais importante para esta faixa etária é a de assumir a responsabilidade pelas próprias escolhas.

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3. Promoção da autonomia financeira

O desejo de traçar as próprias metas e conquistar objetivos pode ser amplamente estimulado e incentivado pelos pais. Com atitudes bastantes simples, é possível promover o apetite dos jovens por autonomia financeira. Umas destas atitudes é o incentivo para que experimentem aplicar a mesada na renda fixa ou variável.

O autogerenciamento dos próprios recursos investidos no mercado de capitais é uma potente ferramenta de promoção da autonomia financeira. Quando os jovens sentem que estão no controle das suas decisões, tendem a assumir uma postura mais madura sobre as finanças.

4. Planejamento de curto, médio e longo prazo

Para os mais jovens, o tempo é percebido de modo mais longo e, por isso mesmo, sentem que não há problema nenhum em deixar tudo para depois. Em outras palavras, os jovens tendem a acreditar que sempre “vai dar tempo” de fazer qualquer coisa.

A realidade, no entanto, pode ser bem diferente. Aqueles que deixaram para pensar sobre a aposentadoria depois dos 40 anos sabem bem que, às vezes, não dá tempo. Como, então, poderíamos educar os mais jovens para que entendam a importância de pensar no curto, médio e longo-prazo? Entre outras maneiras, incentivando-os a experimentar a realidade do mercado financeiro.

Investidores conscientes sabem que toda estratégia deve se ater ao tempo de retorno desejado. Estimar o quanto se quer ganhar é tão importante quanto saber quando se quer receber pelo investimento. Portanto, é essencial que os jovens investidores aprendam a se planejar financeiramente dentro dos diferentes prazos. Assim, evitam frustrações que poderiam ter sido evitadas com este entendimento.

5. Entender como funciona o mercado financeiro

Ainda que muitos jovens tenham recebido educação financeira, pratica-la no mercado pode ser uma ótima maneira de aprender um pouco mais. Ao tirar suas economias da poupança e

arrisca-las por conta própria, o jovem investidor sentirá a necessidade de ampliar seus conhecimentos. Afinal, dominar os termos e o modo como o mercado financeiro funciona leva tempo e exige dedicação.

É importante que o jovem investidor perceba que não há uma fórmula mágica para investir bem e obter bons rendimentos. Para montar a própria estratégia, é fundamental que o investidor conheça bem o funcionamento do mercado financeiro. E quanto melhor e mais cedo este aprendizado começar, mais oportunidades poderão ser aproveitadas.

Como criar uma conta na B3 para menores de idade?

Ao contrário do que se imagina, o processo para um menor de idade poder investir na bolsa é muito simples. Basta que ele tenha um CPF e uma conta corrente registrada em seu nome ou em conjunto com um adulto. Assim, o último passo é abrir uma conta em qualquer corretora autorizada.

Além da facilidade no processo de cadastramento, outro fator que tem estimulado a participação dos jovens é a redução da taxa básica de juros. A Selic hoje consta em 2% ao ano, e isto tem fomentando investidores em geral a aplicar na renda variável.

Conclusão

Os jovens são naturalmente ávidos por conquistas pessoais. Todavia, é importante que possamos incentivá-los neste processo. É parte do amadurecimento a capacidade de tomar as próprias decisões e arcar com suas consequências. Com as finanças pessoas, isto não seria diferente. Promover nos jovens a autonomia financeira deixando-os operar na bolsa de valores é um excelente exercício de educação financeira. Se existe um momento ideal para cometer erros, é na juventude. Por isso, incentive os mais novos a se tornarem jovens investidores.

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