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IPC-S arrefece a 0,57% em dezembro, após 1,08% em novembro, afirma FGV

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Estadão Conteúdos

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,57% no fechamento de dezembro, após variação de 1,08% em novembro e de 0,83% na terceira quadrissemana do mês. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumulou inflação de 9,34% em 2021 ante variação de 5,17% apurada em 2020.

O resultado mensal veio abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,62%, com piso de 0,54% e teto de 0,83%. A taxa em 12 meses também foi menor do que a mediana do mercado, de 9,39%, com projeções entre 9,31% e 9,63%.

Das oito classes de despesa que compõem o indicador, cinco arrefeceram da terceira quadrissemana de dezembro para o fechamento do mês, com destaque para Transportes (1,08% para 0,28%), puxado pelo alívio da inflação de gasolina (1,77% para -0,36%).

Também houve desaceleração nas taxas de Educação, Leitura e Recreação (1,80% para 0,56%), devido à passagem aérea (9,94% para 2,84%); Habitação (1,15% para 1,10%), com tarifa de eletricidade residencial (3,23% para 3,06%); Comunicação (0,05% para -0,08%), puxado por mensalidade para internet (-0,03% para -0,33%); e Despesas Diversas (0,12% para 0,11%), com alimentos para animais domésticos (0,88% para 0,73%).

Em contrapartida, a FGV apurou aceleração dos grupos Alimentação (0,59% para 0,72%), devido a frutas (7,17% para 9,34%); Vestuário (0,78% para 0,97%), puxado por calçados femininos (0,39% para 1,13%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,17% para 0,21%), com artigos de higiene e cuidado pessoal (0,08% para 0,27%).

Influências

As principais pressões para baixo sobre o IPC-S de dezembro partiram de batata-inglesa (-12,40% para -15,31%), gasolina (1,77% para -0,36%) e tomate (-7,23% para -6,36%). Etanol (0,91% para -2,00%) e leite tipo longa vida (-2,04% para -1,64%) completam a lista.

Na outra ponta, as maiores influências de alta no indicador vieram de tarifa de eletricidade residencial (3,23% para 3,06%), passagem aérea (9,94% para 2,84%) e banana-prata (12,61% para 21,26%), seguidos por refeições em bares e restaurantes (0,80% para 1,04%) e automóvel novo (repetiu variação de 1,08%).