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IPP sobe 1,21% em julho ante alta de 1,01% em junho, afirma IBGE

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Estadão Conteúdos

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 1,21% em julho, informou nestas sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de junho foi revista de um avanço de 1,00% para uma elevação de 1,01%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.

Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 11,46% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 18,04%.

Considerando apenas a indústria extrativa, houve queda de 0,22% em julho, após a redução de 2,89% registrada em junho.

Já a indústria de transformação registrou aumento de 1,30% em julho, ante uma alta de 1,25% no IPP de junho.

Os bens de capital ficaram 2,14% mais caros na porta de fábrica em julho, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor. O resultado ocorre após os preços terem subido 1,01% em junho.

Os bens intermediários registraram avanço de 1,08% nos preços em julho, ante um aumento de 1,00% em junho.

Já os preços dos bens de consumo subiram 1,28% em julho, depois de uma elevação de 1,02% em junho. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram redução de 0,01% em julho, ante alta de 0,23% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis aumentaram 1,51% em julho, após a alta de 1,16% registrada em junho.

A elevação de 1,21% do IPP em julho teve contribuição de 0,14 ponto porcentual de bens de capital; 0,64 ponto porcentual de bens intermediários; e 0,44 ponto porcentual de bens de consumo, sendo 0,00 ponto porcentual de bens de consumo duráveis e 0,44 ponto porcentual de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Atividades

A alta de nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em julho foi decorrente de avanços em 17 das 24 atividades pesquisadas. As maiores elevações de preços ocorreram na fabricação de produtos do fumo (7,01%), refino de petróleo e biocombustíveis (3,45%), fabricação de outros equipamentos de transporte (3,34%), papel e celulose (3,12%) e alimentos (2,97%).

As principais quedas ocorreram em metalurgia (-4,03%), outros químicos (-0,81%) e produtos de metal (-0,75%).

As maiores contribuições para a inflação do mês foram de alimentos (0,69 ponto porcentual), refino de petróleo e biocombustíveis (0,46 ponto porcentual) e papel e celulose (0,09 ponto porcentual). Por outro lado, metalurgia ajudou a deter o IPP em -0,27 ponto porcentual.

“Os destaques no mês foram os grupos de alimentos e de refino de petróleo e biocombustíveis. Os dois juntos responderam por 1,15 ponto porcentual da variação de 1,21% ocorrida no mês de julho”, apontou Manuel Campos, gerente do IPP no IBGE, em nota do instituto.

A alta de alimentos foi puxada pelo encarecimento do leite e derivados, seguido pelo açúcar, derivados de soja e carnes e miudezas de aves congeladas. Em refino, o aumento de preços foi impulsionado pelo óleo diesel e a gasolina.

“A valorização do dólar frente ao real em 6,3%, maior variação positiva nos últimos doze meses, elevou o preço dos produtos de exportação, como, por exemplo, o farelo de soja, e também os custos das matérias-primas e insumos que são importados”, acrescentou Campos.