O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.
Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 9,06% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 19,15%.
Considerando apenas a indústria extrativa, houve alta de 12,50% em maio, após a redução de 11,54% registrada em abril. Já a indústria de transformação registrou aumento de 1,24% em maio, ante uma alta de 2,96% no IPP de abril.
Os bens de capital ficaram 2,04% mais caros na porta de fábrica em maio, segundo os dados do IPP. O resultado ocorre após os preços terem subido 0,15% em abril.
Os bens intermediários registraram avanço de 2,43% nos preços em maio, ante um aumento de 1,47% em abril.
Já os preços dos bens de consumo subiram 0,77% em maio, depois de uma elevação de 3,52% em abril. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram elevação de 0,62% em maio, ante alta de 2,15% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis aumentaram 0,80% em maio, após a alta de 3,78% registrada em abril.
A elevação de 1,83% do IPP em maio teve contribuição de 0,14 ponto porcentual de bens de capital; 1,43 ponto porcentual de bens intermediários; e 0,27 ponto porcentual de bens de consumo, sendo 0,03 ponto porcentual de bens de consumo duráveis e 0,23 ponto porcentual de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Atividades
A alta de 1,83% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em maio foi decorrente de avanços em 21 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do IPP agora divulgados pelo IBGE.
No mês de maio, as cinco maiores elevações de preços ocorreram nas indústrias extrativas (12,50%), papel e celulose (4,96%), fumo (4,55%), outros equipamentos de transportes (3,96%) e produtos de metal (3,64%).
Houve reduções de preços em máquinas e materiais elétricos (-0,27%), outros químicos (-1,31%) e limpeza e perfumaria (-2,53%).
As maiores contribuições para a inflação do mês foram as das indústrias extrativas (0,66 ponto porcentual), refino de petróleo e biocombustíveis (alta de 2,80% e impacto de 0,36 ponto porcentual) papel e celulose (0,14 ponto porcentual) e metalurgia (alta de 2,05% e impacto de 0,14 ponto porcentual).
“Sob um olhar do quadro geral a combinação de câmbio e preços internacionais foi importante na determinação da inflação industrial de maio. E, para além disso, a indústria ainda convive com constrangimentos de oferta e suprimento, com pressões de custo na aquisição de matérias-primas, combustíveis e energia em geral”, justificou Felipe Câmara, analista da pesquisa do IBGE, em nota do instituto.