Campos Neto avaliou que o Brasil tem uma pequena melhora em termos de IPC cheio, bem como os Estados Unidos, sobretudo na inflação relacionada a energia.
“Sair de uma inflação de 9% nos EUA e voltar para 4,5% é um trabalho, ligado à energia. Outra parte mais difícil é sair de 4,5% e voltar para 2%, que é uma questão muito mais ligada ao mercado de trabalho”, analisou o presidente do BC.
Campos Neto avaliou que a expectativa é que a desaceleração global será acompanhada de uma queda na inflação. “De fato, as condições financeiras apertaram muito rapidamente com o movimento sincronizados dos BCs. Acho que o mais importante é que a China começou a entrar de forma diferenciada. Uma coisa é aperto monetário com China crescendo muito, outra com a China desacelerando forte. E a recessão da Europa foi um pouco mais forte que o esperado”, afirmou.
Por outro lado, ele voltou a alertar que, se a desaceleração global ainda vier acompanhada de uma janela de inflação alta, os impactos para os mercados emergentes serão mais nocivos. “O mercado não está preparado para período longo de inflação alta e economia desacelerando”, avisou.