Para o JPMorgan, a queda de 0,1% do PIB do terceiro trimestre e o avanço da PEC dos precatórios no Congresso fizeram com que as estimativas convergissem para a manutenção do ritmo de alta de 1,5 ponto. O banco nota que a deterioração das expectativas de inflação para 2022 havia criado a chance de um aperto mais forte já nesta reunião.
Apesar da manutenção do ritmo, a tendência é que o BC continue com um tom duro na sua comunicação, avalia o banco. “Na nossa visão, o Copom vai sinalizar ‘outro ajuste da mesma magnitude’ na reunião de fevereiro e vai continuar afirmando que é apropriado avançar ‘ainda mais no território contracionista”, afirmam a economista-chefe do JPMorgan no Brasil, Cassiana Fernandez, e o economista Vinicius Moreira, que assinam relatório do banco.
O JPMorgan espera que as projeções de inflação do Copom fiquem próximas às da última reunião para 2022 (4,1%) e abaixo do que havia sido previsto para 2023 (3,1%). A tendência também é que os membros do colegiado reconheçam um cenário internacional mais desafiador e reforcem a deterioração da inflação.
“Agora, parece mais incerto o quanto o PIB do terceiro trimestre e a nova variante da covid-19 vão aumentar a preocupação do Copom com o crescimento econômico, que poderia levar a uma desaceleração do ritmo de aperto mais cedo do que o esperado”, avaliam os economistas.