Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os precatórios do Fundef serão priorizados juntamente com as requisições de pequeno valor e a dívidas que têm como credores idosos, pessoas com deficiência física ou doença grave. “Depois disso, o pagamento dos precatórios será por ordem cronológica”, afirmou.
Ainda no caso do Fundef, haverá um parcelamento. Hoje a dívida está em cerca de R$ 16 bilhões, e 40% serão pagos em 2022, 30% em 2023 e 30% em 2024. Pela redação da emenda aglutinativa que será apresentada pelo relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), essa proporção de parcelamento valerá em todos os precatórios do Fundef que possam ser apresentados futuramente.
Lira estimou que o valor das dívidas priorizadas ficariam em cerca de R$ 25 bilhões – o que significa um espaço de menos de R$ 20 bilhões para os demais precatórios.
Pelas estimativas do governo, os RPVs para 2022 somam R$ 19,9 bilhões. Já os 40% do Fundef devem ficar em ao menos R$ 6 bilhões.
Embora houvesse uma expectativa de que os pagamentos dos precatórios do Fundef ficassem fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação, o presidente da Câmara disse que nenhum pagamento será feito fora do teto.
Lira explicou ainda que o relator da PEC poderá alterar o texto até o início da votação. Ainda há esperança de chegar a algum acordo que agrade ao MDB, que hoje mantém posição contrária à proposta. “O MDB quer chegar com uma sugestão, talvez ainda possamos chegar a algum acordo”, afirmou.
Para que o novo texto seja votado, Motta apresentou uma emenda aglutinativa, e haverá um destaque de preferência para que esse texto seja votado primeiro. “Se ela (emenda aglutinativa) for rejeitada, há o texto da comissão, mas ele é mais duro e não tem os acordos”, alertou Lira.