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Lucro da ADM cresce 53% no 1º trimestre para US$ 1,054 bilhão

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Estadão Conteúdos

A trading de commodities agrícolas Archer Daniels Midland (ADM), dos Estados Unidos, obteve lucro líquido de US$ 1,054 bilhão, ou US$ 1,86 por ação, no primeiro trimestre deste ano, informou a companhia nesta terça-feira, 26. O resultado representa aumento de 53% ante os US$ 689 milhões, ou US$ 1,22 por ação, registrados um ano antes.

Em termos ajustados, o lucro ficou em US$ 1,90 por ação. A receita aumentou 25,2%, para US$ 23,65 bilhões.

Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado menor, de US$ 1,41 por ação, e receita de US$ 20,77 bilhões. Na avaliação do CEO da companhia, Juan Luciano, um ambiente de oferta mais apertada e de demanda robusta e resiliente ajudaram a impulsionar os ganhos da ADM.

A trading de commodities disse que o lucro operacional ajustado na Divisão de Serviços Agrícolas e Oleaginosas da companhia, que compra, transporta e processa soja e sementes, aumentou 29,7% no primeiro trimestre ante igual período do ano passado, de US$ 777 milhões para US$ 1,008 bilhões. As margens e volumes de originação na América do Norte foram menores e a moagem foi maior impulsionada pela robusta procura por proteína e óleo vegetal. Segundo a ADM, a boa demanda de óleos refinados na América do Norte e as fortes margens de biodiesel também ajudaram a ampliar os ganhos.

No segmento de Nutrição, que produz e vende proteínas, ingredientes e outros produtos à base de plantas, o lucro operacional ajustado chegou a US$ 189 milhões, aumento de 22,9% em comparação com os US$ 154 milhões verificados em igual período do ano passado, informa a ADM. O crescimento se deve, na avaliação da trading, ao forte avanço das vendas em proteínas alternativas e ao fortalecimento da moeda na América do Sul, que compensaram alguns custos operacionais mais altos. O cenário foi acelerado, ainda, por mudanças no mix de produtos, melhoria da demanda norte-americana e interrupções na cadeia de suprimentos global.

Já a Divisão de Soluções de Carboidratos registrou lucro de US$ 317 milhões, ante US$ 259 milhões reportados nos primeiros três meses do ano passado. Receitas mais altas com derivados de milho (que aceleraram a produção de etanol), lucros de ácido cítrico na América do Norte, maiores volumes e margens na Europa, no Oriente Médio e África e maiores volumes e margens na moagem de trigo contribuíram com os ganhos.

“Olhando para o futuro, esperamos que a oferta reduzida de safras – causada pela fraca safra de canola canadense, as safras curtas da América do Sul e agora as interrupções na região do Mar Negro – impulsione o aperto contínuo nos mercados globais de grãos nos próximos anos”, acrescenta o CEO da ADM. “Considerando esses fatores, esperamos que os resultados de 2022 superem os de 2021.”