“Os juros baixíssimos continuam, em termos reais. Os governos estão muito endividados e com enorme dificuldade em pagar juros reais altos”, diz Halfeld. Segundo ele, a ideia principal dos fundos da gestora é trazer ganhos reais aos investidores, mas com riscos moderados.
No pontapé inicial da gestora estão dois fundos multimercados, um de perfil moderado, para todas as classes de investidores, e o segundo voltado ao chamado investidor qualificado, que é aquele com mais de R$ 1 milhão para investir, no qual a exposição ao exterior será maior. O fundo já está disponível em algumas plataformas, como BTG, Órama, Ativa e Toro, mas há outras negociações em andamento. Para o início do ano já está no forno um fundo de renda fixa.
Halfeld, comentarista da CBN por 19 anos, tem formação em engenharia e foi professor de Finanças da Escola Politécnica (Poli) e da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP).
Estão juntos com Halfeld na empreitada, como cofundadores, João Seixas e Akihiko Sato, ambos engenheiros formados pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Mais recentemente, o trio recrutou o ex-Santander Leandro Bren Vianna como sócio e responsável pela área de distribuição de produtos da gestora.
Volatilidade menor
Com a inflação corroendo os ganhos de muitos investimentos, o investidor que quiser ter ganhos reais terá de investir em ativos reais, diz Halfeld. “O desafio aqui é a volatilidade.” Por isso, a estratégia do fundo é unir ativos de diversas localizações, com foco em oportunidades de investimentos na Alemanha, Canadá, Dinamarca, EUA, Finlândia, França, Holanda, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça. Também como estratégia para evitar os solavancos do mercado, há uma posição em ações brasileiras, exposição que também ajuda a amortecer na hora de eventual queda do dólar.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.