Moedas: dólar avança ante rivais, após invasão russa à Ucrânia
No fim da tarde em Nova York, o euro recuava a US$ 1,1205 e a libra baixava a US$ 1,3397, dando tração ao índice DXY, que avançou 0,98%, aos 97,137 pontos. A moeda americana ainda subia a 115,62 ienes no mesmo horário.
O índice DXY chegou a desacelerar altas, na tarde de hoje, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmar que autorizou sanções adicionais contra a Rússia. De acordo com o UBS, além do apoio dado pela crise geopolítica, o dólar americano será favorecido pelas expectativas de seis ou sete aumentos nas taxas de juros dos EUA. Segundo o CME Group, o mercado estima em 86,7% as chances de alta de 25 pontos-base do juro nos EUA na reunião de política monetária de março.
Para a Western Union, a invasão da Ucrânia desencadeou um deslizamento da aversão ao risco, fazendo com que investidores corressem para a segurança no dólar. “Portos seguros como o dólar parecem estar em melhor posição para enfrentar a incerteza global”, afirma em relatório enviado a clientes.
Na madrugada, diante das primeiras notícias sobre o ataque, o dólar superou a máxima histórica contra o rublo, atingindo 90,0165 rublos. O banco central da Rússia anunciou que vai iniciar uma intervenção no mercado de câmbio, já que o país possui mais de US$ 600 bilhões em reservas cambiais e ouro, alternativa que pode ser usada nos mercados de câmbio para sustentar o rublo. De acordo com Edward Moya, da Oanda, o BC russo claramente não teve sucesso. “As intervenções cambiais muitas vezes alimentam movimentos excessivos contra o que um banco central está tentando alcançar e foi exatamente o que aconteceu com a Rússia”, destacou. No fim da tarde de Nova York, o dólar saltava a 85,567 rublos.
